quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Nada como fazer o que realmente gosta

Sempre fui uma criança ativa, gostava de tudo, porém nada realmente me prendia por muito tempo.
Quando eu tinha uns 5 anos entrei no judô, adorava derrubar todos os meus coleguinhas até o dia em que me derrubaram e eu parei. Entrei na aula de capoeira, também gostava até ficar cheia de roxos e parar. Natação, eu fiz durante anos até que senti medo de ter aqueles ombros super largos de nadadora, então parei. Decidi fazer ballet, algo mais delicado e feminino, estava adorando até o momento em que vi o pé de uma bailarina e adivinha? Desisti.
Ao encontrar qualquer obstáculo logo desistia sem hesitar e procurava outra coisa para fazer. Talvez todas essas desistências tenham sido necessárias para o meu crescimento, para chegar onde estou e com a mentalidade que tenho hoje.
Até que um dia assistindo ao “Dança dos Famosos” me encantei com a dança de salão, fui atrás de algum estúdio de dança, mas me considerando muito nova para fazer as aulas acabei optando pelo jazz. Iniciei o curso em junho de 2007, após um ano e meio decidi começar as aulas de dança de salão com meus pais, no mesmo estúdio, simplesmente Amei.
Em janeiro de 2009 passei a fazer parte da equipe deste estúdio próximo à minha casa, foi lá que fui devidamente apresentada a esses tais ritmos dançados a dois. Passado esses quase dois anos, fiz amizades incríveis, aprendi muitas coisas, encontrei um parceiro na dança, participei de festivais e workshops, além de iniciar um curso de formação em dança de salão.
Não! Nem tudo foi ou está sendo um mar de rosas. Ouvi críticas e fui julgada de forma errada, ganho algumas bolhas no pé, roxos, dores musculares, passo horas ensaiando (de segunda à sábado, quando não domingo), acordo pelo menos um domingo por mês às 5h30 para pegar dois trens até St. André para realizar o curso de formação.
O incrível? É que por mais que haja esses obstáculos são eles que me fazem querer ainda mais esse Mundo Mágico da dança e faz com que as palavras parar ou desistir não façam mais parte do meu vocabulário (não para a dança).
É a cada vez que subo nos palcos ou a cada vez que danço uma música bem dançada que tenho a certeza de estar completa, a certeza de que finalmente achei aquela parte de mim que tanto procurava. São em momentos como esses que vejo o quanto tudo está valendo a pena. Encontrei algo que já não posso mais viver sem.

Um comentário:

Anônimo disse...

É... Juliana me fazendo lembrar dos "detalhes" do caminho trilhado para chegar onde estamos chegando! E se Deus quiser, ano que vem será de muitas outras conquistas, sempre batalhando muit não? Amei o texto! (Só falta continuar escrevendo né? kkkk)

Beijoooooo ;)